O poder (erótico) da publicidade (1)
Confesso desconhecer as razões, mas sempre me considerei quase imune à publicidade. Verdade seja dita que, de tempos a tempos, cedo a impulsos completamente inexplicáveis. Assim de memória recordo a compra, on-line, de uma câmara digital que, no mesmo dia em que a recebi na estação dos CTT no Marquês de Pombal, descobri à venda numa loja qualquer por menos 10 euros.
É verdade que já tentei “vender” cá em casa um mini-aspirador anunciado no “melga” dos canais ??, ??, ?? e ??, o tal que, sendo portátil, “engole” uma série de merdas que todos nós, admito que sem excepção, temos no chão de nossa casa. Tais como, e recordo, esferas de rolamentos da bicicletas, porcas, parafusos, rebites e outras coisas que tais.
Mandaram-me à consulta de psiquiatria. E com razão…
Foda-se, qual o energúmeno, a não se que habite uma oficina de mecânica, pode ter coisas destas fora das caixas de ferramentas e na garagem? Os “melgas” são mesmo um achado.
Há também o caso clássico, do conjunto de facas “shuzitsu” (?) que dão para tudo, incluindo cortar o pão.
Consegui resistir a isto tudo.
Porém – esta gosto mesmo -, há dias entrei no Continente. Inocentemente, como é meu hábito. Fui lá à loja das chaves. Depois, por curiosidade, dei-me a ver os expositores dos vinhos. Não vos conto mais nada, caso contrário estarei completamente fodido.
No corredor central dei de trombas com o Beckham. Claro, o panasca do Real Madrid. Eu, achando que a Vitória, ex-Spice, não merece uma punheta adolescente, muito menos um casamento com um futebolista mediano mas pago a peso de ouro – o casório e as sucessivas paridelas são todas por amor -, repito, dei de trombas com o David.
No cartaz o gajo até parece grande. Mas não resistiu à “palheta” que lhe dei com o carrinho do eng.º Belmiro. Claro que ouvi o apito do segurança – os filhos da puta dos árbitros, agora, andam fardados de charon, charron, securitas ou o caralho que os foda – e fui punido com um amarelo.
Ainda protestei, mas reconheço que a falta foi bem assinalada.
E dei por mim a pedir desculpa e a insultar o David… Olhei-lhe pr’á tromba e pensei: ou o panasca não tem barba – não sabe mesmo a puta da sorte que tem – ou então as cabronas das madrilenas chupam-lhe os pelos todos…
Já volto. Vou mijar, coçar os colhões e buscar uma Guiness.
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