Blog muito perto das taínhas. Como quem diz, da merda. Palavrões admitidos e desejados. Conas rançosas à légua. Muito pito fresco. Cabidelas também...

Thursday, May 31, 2007

Millôr Fernandes (alegadamente de...)

I
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! – então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! – então, foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição. Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua.
Como o Latim vulgar, será esse Português vulgar que vingará lenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática.

II
A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!

Entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.
Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.
Solta logo um definitivo: "Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".
O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito
assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?
Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai levar no olho do cu!"?

III
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima.
Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"
Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”

Então:

Liberdade,
Igualdade,
Fraternidade
e
foda-se!!!

Mas não desespere:

Este país … ainda vai ser “um país do caralho!”

Atente no que lhe digo!
(alegadamente Millôr Fernandes)

Wednesday, August 16, 2006

Olá!

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Thursday, July 13, 2006

Cagunça?

Acabo de saber que em Nelas lavra um incêndio no lugar de Cagunça.
Aqui, em Cagunça, o incêndio que teve início às 13h15 estava a ser combatido por 54 bombeiros apoiados por 13 veículos.
Ora bem, o que haverá em Cagunça que justifique um incêndio? Será que os cagões, perdão "cagunços" se terão borrado todos e chamaram os soldados da paz para limpar a merda? Que, fruto da canícula, se auto-inflamou e pegou fogo ao mato?
Pouco importa.
O problema é um gajo dizer publicamente que mora em Cagunça. E revelar que é natural de Cagunça?

Wednesday, July 12, 2006

Lembrei-me

Porra!
Já me esqueci!
Isto deve ter a ver com a abstinência da nicotina fornecida pela Tabaqueira.

Pulsões

Acho que, dentro de breves momentos - os mesmos que os jogadores da bola vão discutir a possível [e certa] isenção de IRS sobre os prémios de jogo, como se sexas. não se tivessem limitado a cumprir uma tarefa - vou começar a discorrer sobre... foda-se, já me esqueci! Lá para os idos de amanhã, ou 44 de agosto, volto cá!

Tuesday, July 11, 2006

Contributo ao "faire pelé"

O blog do Sindicato dos Patos de Arca d'Água tem vindo a discorrer, com a elevação, acutilância e sensibilidade que caracteriza os filiados desta organização de cariz cripto-comunista laboral[http://www.patosdearcadagua.blogspot.com/] sobre a temática do "faire pelé". Ou outra merda qualquer, sei lá! Importa, porém, desde já conhecer os motivos que levaram Zidane a arrear uma tolada naquele caralho italiano, primo em décimo terceiro grau e por via colateral do Benito, aquele panasca que gostava dos Balilas. [FIAT].
Segundo um diário desportivo português, mas mouro, eis o que se passou:
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Convenhamos que não há santo que resista a tamanha provocação. E provação, é claro!...

Saturday, July 08, 2006

Googlemos, irmãos...

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De acordo com o insuspeito «PÚBLICO», os autores do dicionário Webster acabam de incluir no léxico britânico o verbo "googlar", sinónimo de investigar. Por favor, não confundir com gargarejar, cacarejar, grasnar e etc.

Thursday, July 06, 2006

Olh'ó picolé fresquinho

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Indumentária fatal

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E depois ainda se queixam das arbitragens...