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Geneticamente, reconheço, sou um produto pouco convencional. Algo entre o Brasil, terra-natal de minha Mãe, filha de arruinada nobreza de Ovar e de uma Senhora de Terras de Vera-Cruz, as minhas raízes próximas residem no Alto Minho/Galiza. Vistas bem as coisas, nada que me incomode. Pelo contrário...
Vem isto a propósito de um tio-avô, Domingos de baptismo, militar de profissão que, em miúdo, me guiou em visitas esplendorosas pelas margens do rio Minho.
Domingos era capitão. Feito prisioneiro de guerra em La Lys, condecorado em Portugal e em França, na altura comandante da guarnição militar de Valença de Minho, senhor de poderosos intestinos - flatos [peidos] garantidos a qualquer momento - possuía grandes qualidades. Divertia os sobrinhos-netos, contava histórias incríveis, com bruxas à mistura, comia como um leão e bebia Alvarinho como uma esponja. (O Minho provoca uma sede que ninguém imagina)
No já desaparecido Campo do Exercício, propriedade de família, lá cantava Domingos:
"Lá vai Lisboa/agarrada a um melão/com uma corneta no cu/e na boca um salpicão".
Só me lembro disto. Amanhã, sem falta, lá vou eu em busca do resto...
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